Socialistas querem ouvir nova Diretora da RTP/Açores

PS Açores - 26 de fevereiro, 2015
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista vai requerer a audição da nova Diretora da RTP/Açores na Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho, da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores. “Estranhamos que Maria do Carmo Figueiredo, que irá ocupar o cargo já a partir de 1 de Março, tenha sido nomeada apenas por seis meses e gostaríamos de saber mais acerca desta decisão, nomeadamente qual é o objetivo da RTP e qual é a visão no médio/longo prazo”, explicou Francisco Coelho. O deputado socialista destacou que no mandato da Direção que ora cessa funções “não houve qualquer avanço ou decisão para resolver os problemas graves com que o Centro Regional da RTP/Açores está confrontado”, nomeadamente com as “grandes carências de recursos humanos e materiais que apresenta, para dar cobertura a um território tão vasto e tão disperso, como são os Açores”. Os socialistas pretendem ver esclarecido, explicou Francisco Coelho, “se esta nomeação provisória implica que o Centro Regional da RTP/Açores continuará a ver a resolução dos seus problemas adiada por mais tempo o que, a verificar-se, é profundamente lamentável”. Francisco Coelho lembrou que o Partido Socialista defende a “criação de uma empresa regional ou, no mínimo, com maior autonomia e descentralização face a Lisboa”, tendo o Governo dos Açores apresentado “três soluções para o serviço público de rádio e televisão nos Açores”.  “Infelizmente, todas estas soluções foram rejeitadas pelo Ministro Poiares Maduro, que pretendia manter no domínio público apenas a vertente de informação, concessionado a produção de conteúdos a privados – uma proposta rejeitada por ambas as Regiões Autónomas”, recordou o socialista. “As decisões relativas ao Centro de Serviço Público de Rádio e Televisão nos Açores não podem esperar mais e o Governo da República vai ter de tomar decisões estruturantes para a empresa. Não pode a RTP/Açores continuar em banho-maria por mais seis meses”, alertou Francisco Coelho.